quinta-feira, 7 de setembro de 2017



VOLTA

Quando estive em poesia
Visitei um não lugar
Um sonho refinaria
De prosaicos de pesar

O banal é refinado
Em leveza e lucidez
O reverso é revelado
Os clãs encontram as greis

A mágica e a alquimia
São línguas oficiais
Até quem não crê cria
Lá onde o sempre jamais


 Cristal vira nuvem e voa
O Sol namora a garoa
E o choro gargalha também

Tudo te diz imagine
Tudo te pede me nine
Não se pergunta de quem


 Vive-se a vida na flauta
Não se sabe o que é falta
Mas sabe-se o gosto que tem

Eu voltei estupefato
Com olhos de iluminura
Nem precisa de futuro
Quem tem assim um passado.


EDUARDO TORNAGHI

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