quarta-feira, 6 de julho de 2011

O ruído persegue e o puído prossegue: textos, cinema, arte, linguagens diversas (desenho, pintura, objeto, instalação, fotografia, etc) em diálogo ou confronto no mesmo espaço... Enfim, possibilidades a se chocarem na tentativa de produção de faíscas: "NO ATRITO DAS PEDRAS".

Que logo se anuncia na cena inicial, ao se atritar pedras, ao som de música tribal. Natureza e cultura a reverberarem "o diabo na rua no meio do redemunho" (Guimarães Rosa), naquela efervescência de choques de idéias e ideais no ato criativo. Como fósforos, contínuos, em acende e apaga.

E esse "acende e apaga" é o recurso a conduzir as imagens de NO ATRITO DAS PEDRAS: canais de TV sendo trocados; intervalos na projeção de slides; ruídos intercalados dos aparelhos... Elos na convivência e oposição de conceitos e referências: Anémic Cinéma. Duchamp. Buñuel. Dali. Welles. Mario Peixoto...

Enfim, NO ATRITO DAS PEDRAS é "videogambiarra" que não se traduz em simples documentário sobre minha obra; mas, também, é um produto do próprio trabalho, com estruturas de seu processo.

TEXTO E VÍDEOS: CÉSAR BRANDÃO

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